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A educação no Brasil enfrentou um grande desafio nos últimos tempos por conta da pandemia do COVID-19: como encarar a realidade das escolas fechadas e, ainda assim, conseguir prover o acesso à educação básica e de qualidade para todos?
Com salas de aula fechadas foi preciso rapidamente adotar um modelo remoto e consequentemente surgiu o primeiro desafio, o baixo índice de famílias com acesso à internet. Segundo uma pesquisa feita pelo IBGE, apenas 29,8% dos domicílios com jovens entre 15 e 29 anos, tem acesso à internet por microcomputadores, com isso, nem todos os jovens recebiam suas atividades e tinham acesso as aulas remotas.
O resultado disso é uma inevitável acentuação da desigualdade de acesso não só ao ensino de qualidade, mas do ensino básico, causando um déficit de aprendizagem ainda maior do que já temos entre alunos do sistema público e da rede particular.
Para os professores o desafio também foi grande, após uma análise de alguns dados coletados pela Pesquisa Juventudes e Pandemia do Coronavírus, foram identificados como os principais desafios do ensino não presencial na perspectiva dos professores, dentre eles 79% dos entrevistados disseram ter dificuldade com a falta de infraestrutura e conectividade, 64% relataram dificuldade de manter o engajamento dos alunos e 54% falam sobre o distanciamento e a perda de vínculos. Com isso, tiveram que enfrentar também os desafios emocionais, se sentir ansioso, sobrecarregado, cansado, estressado e depressivo, foram queixas comuns entre os professores.
Assim como as escolas, a AFESU teve que se reinventar nesse período, reorganizando toda a dinâmica das aulas e oficinas para que, mesmo com o distanciamento social, pudéssemos continuar atendendo as mais de 700 beneficiárias em nossos projetos de apoio escolar, iniciação profissional e cursos técnicos.
“Tudo foi possível com a disposição e colaboração de vários atores sejam funcionárias, beneficiárias e famílias que juntas, empenharam-se e permitiram o “novo”. Um novo formato, uma nova abordagem, um novo canal de aprendizado. Foi essa disposição geral, que fez com que nada parasse na AFESU.” – Ilsiane Peloso, Diretora Executiva da AFESU.
Mantendo 100% da carga horária, as estudantes de Veleiros receberam aulas online nas plataformas Moodle e Google Classroom, com atividades diárias, as plataformas permitiram a interação entre as alunas, bem como instruções em lives e correções online das professoras;
Em Morro Velho, a alternativa encontrada foi o Grupo no Facebook – uma vez que muitas alunas possuem pacote de internet apenas para redes sociais, inviabilizando o uso de outras plataformas, então por meio desse Grupo, recebiam as atividades de acordo com a grade prevista para o período;
Já em Moinho, a alternativa foi a Olímpiada da AFESU Moinho, onde as estudantes se inscreveram em modalidade como Português, Matemática ou Conhecimentos Gerais, além dos tutoriais feitos pelas instrutoras e coordenadoras por vídeo, e-mail e WhatsApp, para assim solucionar dúvidas.
Atualmente, o mundo todo enfrenta períodos de incerteza… Mas, com apoio de colaboradores, voluntários e comunidade local, trabalhamos juntos para que os projetos e cursos da AFESU possam continuar atendendo as mais de 700 beneficiárias matriculadas de forma excelente e segura.
#JuntosTransformamosFuturos.
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